TR@CTOR
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Metodologia

O simulador disponível neste site possibilita a análise on-line dos custos totais horários de um tractor, consoante a utilização anual prevista.

Esta análise permite a comparação de diferentes opções tendo em vista proceder a um investimento mais racional em maquinaria agrícola.

Estrutura de custos de uma máquina de tracção agrícola:

 

Os custos totais gerados por um tractor podem dividir-se em dois grandes grupos:

  • Encargos fixos
  • Encargos variáveis

Os encargos fixos resultam da simples posse do tractor e existem independentemente da sua utilização efectiva.

Consideram-se encargos fixos a amortização, o juro do capital fixo, o seguro e a recolha.

Os encargos variáveis que, ao contrário dos fixos, só se verificam quando o tractor trabalha, incluem as despesas com combustíveis, lubrificantes, reparações e manutenção.

As despesas com o operador podem ser incluídas num ou noutro grupo conforme a sua afectação ao parque de máquinas. Assim, visto que esta despesa depende do funcionamento interno da empresa, não incluiremos este valor no nosso modelo.

Para os cálculos envolvidos neste modelo utilizamos a metodologia desenvolvida por Mendonça e Carneiro (1994) da Divisão de Mecanização e Normalização do Instituto de Estruturas Agrárias e Desenvolvimento Rural e utilizada na análise dos encargos com a utilização das máquinas agrícolas. Este autores utilizam o conceito de custo total que passamos a descrever.

CUSTO TOTAL

O custo total inclui os seguintes encargos parciais:

  • Amortização
  • Encargos fixos adicionais
  • Reparações e Manutenção
  • Combustível e Lubrificantes
  • Condução
Amortização

De uma forma simples, podemos dizer que esta parcela corresponde à desvalorização ou depreciação do tractor ao longo do tempo.

Utilizando o método da linha recta, isto é, considerando que temos uma quota de amortização anual constante, podemos encontrar esta quota anual de amortização pela seguinte fórmula:

 

Onde:
    A = Amortização anual (Euros/ano)
    Vi = Valor inicial (Euros)
    Vf = Valor final (Euros)
    Vu = Vida útil (anos)

O valor inicial é o valor de aquisição do tractor. O valor final é o seu valor de venda no final da vida útil. Como este valor não é conhecido à partida, é aceite como sendo sensivelmente 10 % do valor inicial.

A vida útil de um tractor consiste no tempo que decorre desde a sua compra até ao momento da sua susbtituição. É considerada normalmente 10 anos

Encargos Fixos Adicionais (Juro do capital fixo + Recolha + Seguro)

Os encargos fixos adicionais são calculados sobre o investimento médio. O investimento médio representa o valor médio do capital imobilizado ao longo da vida útil do equipamento e é dado pela seguinte fórmula:

 

Onde:
    Im = Investimento médio (Euros)
    Vi = Valor inicial (Euros)
    Vf = Valor final (Euros)

Juro do Capital Fixo

Este encargo representa o custo de oportunidade do capital utilizado na compra da máquina e obtém-se pelo produto da taxa de juro (custo de oportunidade do capital) pelo investimento médio.
NOTA: Vamos considerar neste modelo uma taxa de juro do capital fixo de 4%

Recolha e Seguro

Encargo com a recolha de todo o material e com o seguro dos tractores.
NOTA: Vamos considerar 3% do Investimento Médio (Mendonça e Carneiro, 1994)

Reparação  Manutenção

Em termos médios determina-se normalmente multiplicando o valor inicial do tractor pelo índice de reparações que, no caso dos tractores, é considerado 0,01%.

Combustível e Lubrificantes

O encargo referente ao consumo de combustíveis exprime-se em escudos por hora de trabalho e obtém-se através do produto do preço unitário pela potência da máquina e pelo consumo específico.

Consumos específicos Combustível Óleo
0,1 litros/cv/hora 0,002 litros/cv/hora
Condução

Não é incluída na análise

BIBLIOGRAFIA

  • Tractor on-line - Sistema de Apoio à Decisão de Análise de Investimentos em tractores (descontinuado);
  • Tr@ctor: an on-line decision support system for tractor use cost and investment analysis, Neto, Miguel C, P. A. Pinto e A. C. Pinheiro, 1999. Proceedings of the Second European Conference for Information Technology in Agriculture, Food and the Environment, University of Bonn, Germany;
  • Tr@ctor on-line, Neto, Miguel C, P. A. Pinto e A. C. Pinheiro, 1999. A Bolsa M.I.A., Nr. 11 - Série III, Abril/Maio: 8-12;
  • Mendonça, E. Arnaut e Carneiro, J. Bernardes, 1994. "Análise dos Encargos com a Utilização das Máquinas Agrícolas". Divisão de Mecanização e Normalização, Direcção de Serviços de Infra-Estruturas e Equipamentos Rurais, Instituto de Estruturas Agrárias e Desenvolvimento Rural, Ministério da Agricultura;
  • Um Guia para o Agricultor - Vol. II, 1990. Secretaria de Estado da Agricultura, Ministério da Agricultura, Pescas e Alimentação;
Instituto Superior de Estatística e Gestão de Informação - Universidade Nova de Lisboa
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