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“Uma iniciativa como esta permite desenvolver um conjunto de competências que são essenciais para ter sucesso nos dias de hoje”

“Uma iniciativa como esta permite desenvolver um conjunto de competências que são essenciais para ter sucesso nos dias de hoje”

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Joana Loureiro, Head of Talent Acquisition & Employer Branding da Jerónimo Martins, fala sobre a transformação do mercado de trabalho no período pós-pandemia e destaca as competências mais valorizadas atualmente pelas empresas. Nesta entrevista, a responsável explora a importância das capacidades técnicas e analíticas, bem como das competências interpessoais, como a capacidade de trabalho em equipa, flexibilidade e pensamento crítico. Joana Loureiro discute ainda como iniciativas como o Dean’s Open Innovation Challenge da NOVA IMS são fundamentais para desenvolver e demonstrar essas competências essenciais, preparando os alunos para o sucesso profissional.

 

O pós-pandemia provocou uma revolução profunda no mercado de trabalho. Quais as skills mais valorizadas atualmente pelas empresas?
As skills técnicas continuam a ser muito importantes. Queremos pessoas que tenham capacidades analíticas, que tenham as chamadas hard skills. Mas com a pandemia, sentimos que há um conjunto de atributos que é cada vez mais importante. Desde logo, a capacidade de adaptação e de flexibilidade – o mundo atual mostra-nos isso. Queremos pessoas capazes de se adaptarem às novas circunstâncias e de não resistirem às alterações que vão acontecendo muito rapidamente.

Por outro lado, e também fruto da pandemia, que nos levou a trabalhar de forma mais isolada, queremos pessoas que saibam trabalhar em equipa e que estejam dispostos a trabalhar em equipa. Um indivíduo sozinho não tem a capacidade de mudar tudo, e é muito importante que os alunos entendam isso.

O pensamento crítico é também altamente valorizado, o que numa escola como a NOVA IMS se prende muito com a capacidade de analisar informação e dados. E, finalmente, as competências digitais.  Quando se fala tanto de questões como a Inteligência Artificial, queremos, de facto, jovens que sejam digitalmente competentes.

 

E de que forma um projeto como o Dean’s Open Innovation Challenge permite trabalhar e evidenciar este género de competências?
Uma iniciativa como esta, que promove o trabalho colaborativo – entre estudantes, professores, comunidade e empresas – permite desenvolver um conjunto de competências que são essenciais para ter sucesso nos dias de hoje. Desde logo, o que há pouco referia relativamente à capacidade de trabalhar em equipa. No trabalho em equipa é essencial entender que várias perspetivas podem promover a solução. Depois, a questão da comunicação. E quando falo da comunicação não me refiro apenas à verbal e escrita. Saber ouvir é muito importante. Ouvir perspetivas diferentes pode ser difícil mas é, sem dúvida, muito útil. Por fim – não lhe chamaria liderança, porque estamos a falar sobretudo de jovens alunos – mas a capacidade de iniciativa. A capacidade de propor soluções de forma criativa e com proatividade. Acho que este desafio é um ótimo promotor de todas estas competências.

 

Como é que avalia estas competências num processo de recrutamento?
Quando surge um candidato a possível colaborador da Jerónimo Martins, é normal pedirmos aos candidatos que nos contem situações, da sua vida de estudante, ou até pessoal, em que demonstrem que têm estas capacidades – de trabalho em equipa, de comunicação, de iniciativa. Uma questão que coloco muitas vezes aos alunos, numa primeira entrevista, é qual o papel que normalmente desempenham nos trabalhos de grupo – durante a sua licenciatura ou mestrado eles têm inúmeros trabalhos de grupo. São os mais analíticos? São os que têm iniciativa? Os que tratam da organização do trabalho? Os que fazem os Powerpoint e têm capacidade de comunicação? Pedimos essencialmente que nos deem exemplos do seu dia-a-dia, e das suas vivências.

E há outra questão, que acho fundamental – e penso que a NOVA IMS também entende isso nos seus alunos – que é a procura e a promoção de determinados valores. Procuramos alunos que tenham os nossos valores. E um dos nossos valores, só para dar um exemplo, prende-se com elevar a fasquia. E elevar a fasquia passa por querer superar-se. É uma questão que valorizamos muito.  

 

Esse valor está bem patente no Dean’s Open Innovation Challenge. O que leva a Jerónimo Martins a juntar-se a este projeto?
Este desafio do Dean’s Open Innovation Challenge é precisamente sobre elevar a fasquia. Um aluno que participe num evento como este demonstra que é alguém que vive este valor. É alguém que procura fazer mais. A nossa participação neste projeto resulta de uma parceria que temos vindo a aprofundar, há já dois anos, com a NOVA IMS, com quem partilhamos muitos valores. Elevar a fasquia é um deles, outro, por exemplo, é “contamos uns com os outros”. E esta iniciativa é mais um exemplo disto porque, de facto, agrega um conjunto de alunos, professores, empresas e comunidade, para criar algo para o bem maior de todos.